No Hemocentro de Ribeirão Preto, hemoterapia é sinônimo de excelência em segurança

Neste Julho Amarelo, o hemocentro de Ribeirão Preto dá o exemplo de como garantir um sangue livre de infecções, que inclui uma rigorosa triagem das hepatites B e C

Com uma base populacional de sete milhões de pessoas para atender, o hemocentro é responsável por coletar, processar e distribuir sangue, hemocomponentes e hemoderivados desde 1990. “Já coletamos 2.600.000 doações. Considerando que há, em média dois, a quatro hemocomponentes em cada doação, mais de 4.100.000 foram distribuídos. Portanto, uma grande parte da população foi beneficiada pelo nosso serviço”, calcula Vanderléia Bárbaro Valente, Gerente do Laboratório de Sorologia do Hemocentro RP.

O controle pré-analítico é realizado para assegurar a qualidade do sangue doado e a segurança dos receptores. A Gerente explica que os doadores, após aprovados na triagem fisiológica e entrevista, passam para as coletas e à fase analítica do laboratório: “Em um primeiro momento, estamos avaliando pessoas saudáveis, que foram aceitas nas entrevistas e testes físicos. Os ensaios servem para detectar possíveis eventualidades que não foram detectadas na triagem clínica e, consequentemente, evitar a transmissão de doenças por transfusão”.

Testes com 100% de sensibilidade

Em torno de nove mil doações recebidas todos os meses são testadas para HIV, Sífilis, Hepatite B, Hepatite C, Doença de Chagas e HTLV I/II. Os ensaios sorológicos são executados nas plataformas de automação da Abbott, em uma parceria de longa data.

“Na hemoterapia temos que trabalhar com testes que tenham 100% de sensibilidade garantida. Temos a responsabilidade de verificar se aquela bolsa coletada tem a segurança ideal para ser transfundida. Precisamos evitar os falsos-negativos e os kits utilizados precisam ter sensibilidade máxima para evitar a contaminação de pacientes. Devem ser específicos para esse fim, não podem ser os testes para diagnóstico”, ressalta a especialista.

Hoje, Vanderléia comenta que a Abbott tem possibilitado ao Hemocentro RP, garantir a sensibilidade exigida em ensaios e a capacidade analítica de todos eles. A tecnologia de ponta fornecida, além de manter uma vigilância constante dos testes para que detectem todas as variantes possíveis de cada vírus, reduz o risco transfusional. “É necessário uma vigilância muito grande em termos de produto”, avalia.

Saúde pública

Um serviço de hemoterapia realizado com os melhores testes também tem seu valor para a saúde pública. Atuando no Hemocentro de RP há 35 anos, Vanderléia reconhece que a qualidade dos testes minimiza danos à saúde pública: “A hemoterapia salva vidas duas vezes, seja para quem recebe o sangue e também para o doador assintomático, que eventualmente descobre que está infectado e pode evitar transmissões. É um grande benefício para a saúde pública”.

Dados do Hemocentro RP apontam que cerca de 1,5%-2% das bolsas coletadas são descartadas, seja pela positividade ou resultados inconclusivos. Esses casos são encaminhados para diagnóstico e tratamentos, além de serem informados à Vigilância em Saúde.

Hemoterapia e educação continuada

Pela Portaria, é exigido das empresas fornecedoras de serviços em hemoterapia um plano de educação continuada. “Devido à necessidade de conhecimento e capacitação profissional, melhoria de processos, é fundamental. A Abbott oferece programas como Abbott Transfusion Health Institute que são muito importantes”, destaca Vanderléia.

Os diversos treinamentos oferecidos pela companhia sobre a história da hemoterapia também chamam a atenção da especialista: “Estão valorizando a história da hemoterapia e dos profissionais, de onde viemos, onde estamos e onde não queremos chegar, é um resgate da humanização. É preciso saber que não oferecemos apenas resultados de exames e sim, segurança”.

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